A musica francesa teve também sua influência no Brasil em vários períodos de nossa história. Nos anos 40 e 50 houve Jean Sablon, Jacqueline François com 'Les lavandières du Portugal', Henri Salvador, que chegou a viver no Brasil e outros.
No final de 1962, Gilbert Becaud é sensação com 'Et maintenau', cuja versão 'E agora?' foi gravada por Wilson Miranda, Alda Perdigão e Agnaldo Rayol competindo nas paradas das radios Bandeirantes, Nacional e Excelsior para saber quem alcançava o posto mais alto. Minha favorita é a gravação da Alda Perdigão.
Em 1963, Françoise Hardy estourou nas paradas do mundo inteiro com 'Tous les garços et les filles de mon age', embora aqui no Brasil só tenha sido um sucesso médio em 1964.
Dalida aparece em 1965 com a versão francêsa de 'La danse de Zorba', do filme norte-americano com musica de Mikis Theodorakis. O velho Charles Aznavour é re-descoberto pela nova geração com 'Que c'est triste Venise', seguido por 'La Boheme' e 'Isabelle'.
'Ma vie' com Alain Barrière chega ao 1o. lugar na parada de sucesso do Brasil.
De-repente se ouvia musica francesa constantemente nas radios. Não foi uma 'invasão' tão arrebatadora quanto a italiana de 2 anos atrás, mas digna de nota aqui. 'Ma vie', uma linda balada composta e cantada por Alain Barrière chegou ao primeiro posto. Barrière se parecia um pouco com o 'outro' Alain ... Delon, o galã máximo do cinema gaulês. Como 'Ma vie' vendeu muito como compacto-duplo, podemos dizer que Barrière também emplacou 'Elle etait se jollie' e 'Plus je t'entends', que depois ele gravou em italiano como '... E più ti amo' e fêz sucesso novamente, dessa vêz com ele, além de The Clevers e Agnaldo Rayol em versões entituladas 'A tua voz'.
Em seguida veio Christophe com 'Aline', que é cantada até hoje pelos neo-sertanejos da vida. Christophe ainda emplacou 'Les marionnettes', e a Mocambo lançou seu LP, que vendeu muito, e o qual considero quase que perfeito, pois só contem pepitas de ouro.
Christophe emplaca 'Aline' e 'Les marionnettes', além de seu LP pela Mocambo ser uma pérola rara.
Mal Christophe saiu da parada, heis que aparece um novo francezinho p'ro topo da parada: Michel Polnareff com 'La poupè che fait no', que Bob di Carlo verteu p'ro português como 'A boneca que diz não', e fêz sucesso já na era da Jovem Guarda. O maior sucesso de Polnareff, no entanto, seria o follow-up: 'Love me please love me', uma melodia inesquecível. Apesar do título em inglês, a musica é cantada em francês.
'Love me please love me' com Michel Polnareff em compacto-duplo da Fermata ficou na Parada mais de 2 anos, competindo com 'Dio come ti amo', que ficou 5 anos, devido ao contínuo sucesso do filme, sempre passando pelos bairros de São Paulo e Rio.
Giovani, 26 January 1967.
Antes do final da 'pequena invasão francesa' ainda apareceram Herve Villard com 'Capri c'est fini' e Guy Mardel com 'N'avoue jamais'.Guy Mardel esteve no Brasil em 1966 participando do Festival Internacional da Canção do Rio de Janeiro, tendo ficado em 2o. lugar com 'L'amour toujours l'amour'. O primeiro posto ficou com Inge Bruck com 'Frag den Wind'.
o francês Guy Mardel e alemãzinha Inge Brück no Rio de Janeiro em 1966. Inge segura o troféu de 1o. lugar do Festival; à direita Françoise Hardy na capa de Manchete. Françoise cantou 'À quoi ça serit' no FIC que se encerrou em 6 Outubro 1968.
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